domingo, 15 de maio de 2011

Italo Romano um exemplo de superação

“Me sinto um deficiente com a cadeira de rodas, já com o skate me sinto uma pessoa normal”

Por traz de um tragedia pessoal surgiu um grande homem com a força de viver descomunal.
Um episodio triste na infancia o faz perder as duas pernas,mas a vontade de ter um skate se realizou após esse acidente.
Ítalo é um exemplo de superação,força e vida.



Agora a entrevista com ítalo Romano
Fonte da entrvista:http://skateweb.com.br/italo-romano-um-exemplo-de-superacao/


ítalo, você me disse que sempre quis um skate, mas sua mãe não tinha dinheiro para comprar um. Quando o skate apareceu pra você?



Logo após meu acidente, estava em casa e comecei a assistir a um programa de skate, o Skate Session, e vi uma matéria com o Og de Souza. Achei interessante na hora e me surpreendi por ele andar sentado. Meu primo havia acabado de ganhar um skate, pedi para dar uma volta e gostei. Meu primeiro skate foi dado pelo skatista Rafael Pingo e logo após conheci o Bruno Kbelo que me levou pela primeira vez na pista da Drop Dead. Já nos primeiros dias que andei na pista o Marcos Bollmann fez umas fotos minhas e colocou em seu blog. Quando eu vi minhas fotos na internet, mostrei para minha família e eles gostaram, foi quando eu pensei que era aquilo que eu queria para mim e estou aqui até hoje.






Seu acidente foi um episódio marcante na sua vida. Você tem algum problema em nos contar como aconteceu?


Não, sem problemas. Na época eu estava com 11 anos de idade e um vizinho meu estava organizando um passeio. Por o restante do pessoal ser maior, e eu o mais novo, meu pai não queria deixar eu ir. Meu vizinho foi em casa e fez de tudo para conseguir a liberação do meu pai. Meu pai ainda disse que quando ele tinha minha idade não fazia esse tipo de coisa, sair de casa sozinho e tão novo. Mas de tanto meu vizinho insistir meu pai cedeu.






Fomos a pé até Piraquara, Região Metropolitana de Curitiba, e para ir mais rápido resolvemos pegar rabeira em um trem. Quando o trem estava vindo fui o primeiro a tentar subir. Pulei tentando me segurar na escada de um vagão e acabei caindo embaixo da roda. O trem me arrastou por alguns metros e esse meu vizinho me viu embaixo do trem e foi correndo atrás de mim. Eu estiquei o braço e ele me puxou, nesse momento meu corpo ficou atravessado no trilho e o trem passou por cima das minhas pernas. A perna direita teve de amputar pois estava muito esmagada e a esquerda cortou na hora. Minha família ficou sabendo do acidente e foi bem punk para todo mundo no começo, meu pai ficou super bravo com o cara que estava responsável pela gente e com o que aconteceu.






Sua família lhe apoiou com o skate desde o início?


Logo que comecei a andar de skate, já disputei alguns campeonatos locais e pedi para minha mãe se podia ir em outros fora de Curitiba. Acho que o primeiro que corri foi em Ponta Grossa, na categoria Mirim, e voltei com medalha e premiação. Minha mãe ficou muito feliz e orgulhosa e falou que se era aquilo que eu queria, ela me daria total apoio.






Acho que nunca te vi usando cadeira de rodas, apenas skate!


Verdade. O skate é o meu meio de locomoção, está 24 horas comigo, não tem como não gostar né?!? Na verdade eu me sinto um deficiente com a cadeira de rodas, já com o skate me sinto uma pessoa normal. Com o skate fica mais fácil, mas ágil para me locomover, subir em um ônibus, já a cadeira é mais complicado, um trambolho na minha opinião. O skate é mais minha cara, só uso cadeira de rodas em ocasiões específicas, um casamento, formatura.






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